Saiba um pouco mais sobre
Trombose Venosa Profunda

Aqui você vai encontrar informações importantes.

É a formação de um coágulo de sangue dentro de uma veia em qualquer lugar do nosso organismo, obstruindo a sua passagem naquele local. A trombose é chamada de aguda quando está na sua fase inicial, quando o coágulo ainda está em formação, e ainda não está totalmente solidificado, e se transformou em uma cicatriz dentro da luz da veia. Vai dos primeiros dias dos sintomas até aproximadamente a terceira semana do início da trombose.

Quais são os seus sintomas e sinais?

Inicialmente a dor em toda a perna ou em uma parte dela (por exemplo a panturrilha, ou “batata da perna”), normalmente em apenas uma das pernas, com rápido aumento. Existem casos sem dor, mas no geral, a perna começa a inchar e mudar de cor, podendo ficar avermelhada ou com uma coloração azulada.

O inchaço da perna é o principal sintoma que leva a busca para o atendimento médico.

Pode ainda ocorrer a dificuldade para pisar, ou caminhar, com o membro acometido. 

No primeiro atendimento médico, é importante fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças que deixam a perna inchada como: Flebite superficial, lesões musculares (com ou sem hematomas); Linfangites e Erisipelas; Doenças cardíacas ou dos rins (insuficiência cardíaca ou renal); Doenças de origem neurológica (dor ciática, etc.)

Quais as principais causas da TVP aguda ?

A trombose aguda pode ser provocada por alterações da parede da veia, dos componentes do sangue, e do fluxo do sangue dentro das veias

  • Alterações da parede da veia: tromboflebites, trauma, cirurgias, queimaduras, varizes, infecções graves;
  • Alterações dos componentes do sangue: pós-operatório, gravidez, anticoncepcional, cancer, infecções, trombofilias;
  • Alterações no fluxo do sangue: imobilização, pós-operatório, pós-parto, gravidez, Síndrome de May-Thurner ou de Cockett, e paraplegia (insuficiência da bomba muscular da panturrilha).

Como se faz o diagnóstico da Trombose Venosa Aguda?

É muito importante que seja feito o diagnóstico imediato e completo da trombose venosa aguda pelo risco de embolia pulmonar, e até de morte. Assim que ele é feito está indicado o uso de medicamentos anticoagulantes. Além disso, quanto mais rápido o diagnóstico, maiores são as possibilidades de se tratar o coágulo com as novas técnicas endovasculares, que é feito de forma minimamente invasiva, por cateterismo, que podem recuperar totalmente a luz das veias comprometidas e devolver a circulação normal naquela região.  Portanto, assim que uma pessoa apresentar os sintomas e os sinais de trombose venosa aguda ela deve procurar uma avaliação médica, questionar sobre a possibilidade de tratar-se de uma trombose venosa aguda, e se existe indicação de tratamento endovascular. O diagnóstico clínico se faz com a avaliação detalhada da história, do exame clínico completo e da estimativa de probabilidade, utilizando um sistema de notas chamado Score de Wells.  Pacientes com possibilidade de diagnóstico de TVP aguda devem realizar um exame de sangue chamado D-dímero. Se o resultado for < 500ug/L, descarta-se o diagnóstico de TVP. Se for > 500ug/L, a pessoa deve ser submetida ao exame de Ultrassom Doppler Colorido das veias. O ultrassom possui sensibilidade de 95% e especificidade de 97% para o diagnóstico de TVP aguda. Em alguns casos mesmo o US Doppler deixa dúvidas, principalmente em pacientes obesos ou no diagnóstico de veias da pelve e do abdome. A revisão completa do caso e das notas de probabilidade indicam a necessidade de se realizar uma angiotomografia computadorizada ou uma flebografia para confirmar ou descartar o diagnóstico.

Quais são os tratamentos da TVP aguda?

Existem hoje dois caminhos para o tratamento da TVP aguda:

  1. Conservador ou Tradicional: utiliza conceitos e métodos estabelecidos há mais de cinquenta anos, através da infusão intra-venosa ou subcutânea de HEPARINA é um anticoagulante,  cuja ação imediata visa apenas a interromper a formação de novos coágulos, sem qualquer ação sobre os coágulos já formados. Com isto interrompe o processo de extensão da trombose e possibilita ao organismo se readaptar à nova circulação sanguínea através de veias colaterais, para desviar o sangue das veias obstruídas. Além disso, pode estar indicado o uso de meias elásticas como suporte para este processo. Esse tratamento é prolongado, realizado no mínimo por 3 a 6 meses, e em muitos casos existe a indicação do uso prolongado de anticoagulantes. Esses medicamentos podem ser contraindicados em pacientes que possuam risco aumentado de hemorragia, ou outras condições clínicas especiais. Hoje existem duas classes principais de anticoagulantes que são administrados por via oral: as  anti vitaminas-K que possuem alto risco de interação medicamentosa e alimentar, e necessitam de monitoramento através de coleta de sangue frequentes, e as heparinas orais disponíveis no Brasil (Rivaroxabana, Edoxabana, Apixabana e Dabigatrana), que possuem maior conforto posológico e menor interação medicamentosa e alimentar. 
  2. Endovascular:  Utiliza os mais modernos conceitos e equipamentos de cateterismo utilizados para os procedimentos de revascularização cardíaca e das artérias, transferindo todo esses conceitos, conhecimentos e métodos para as veias ocluídas pelos coágulos. Através de técnicas que utilizam balões de angioplastia, stents e drogas fibrinolíticas, os coágulos são retirados das veias trombosadas, restabelecendo a circulação ao seu normal.  Assim, os riscos de embolia pulmonar, varizes, feridas nas pernas e os sintomas da Síndrome Pós-trombótica são eliminados e o paciente recupera completamente sua qualidade de vida.
    Fonte: SBACVSPhttps://sbacvsp.com.br/

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Sobre o Doutor
Fabio Henrique Rossi

O Dr Fabio H Rossi possui Doutorado e Pós-Doutorado pelo Instituto Dante Pazzanese (IDPC) e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), e especialização internacional pelo Montefiore Medical Center (Prof Frank J Veith – Nova Iorque – EUA).

É professor e responsável pela disciplina do programa de Pós-Graduação de tecnologia em Cirurgia Cardiovascular e Endovascular extra-cardíaca do Instituito Dante Pazzanese de Cardiologia.

Atualmente é Ex-Presidente, membro do conselho superior da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular de São Paulo (SBACV-SP).

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