Saiba um pouco mais sobre
Aneurisma da Aorta Abdominal

Aqui você vai encontrar informações importantes.

Se está lendo este pequeno texto, isto significa que em breve fará uma consulta com um médico relacionado à Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – uma das maiores sociedades da especialidade em todo o mundo – filiada a Regional do Estado de São Paulo.

Introdução

A Aorta é a maior artéria do nosso corpo, recebe todo o sangue que o coração bombeia a cada batimento e o distribui para todos os órgãos e tecidos do nosso corpo. Daí a sua importância. Para isto, entretanto este órgão precisa se acomodar a uma grande pressão e inúmeras forças que agem em seu interior.

Instalação da doença

Após longos anos recebendo essa pressão, a aorta pode se fragilizar e ocorrer mudanças em sua estrutura, vindo a se dilatar. Quando esse aumento do diâmetro é superior a metade do tamanho normal ou esperado para aquela determinada região, isto é chamado aneurisma.

Ocorre geralmente após os 50 anos e está muito ligado à outros problemas de saúde como a hipertensão arterial, o tabagismo e também existe um componente familiar muito importante. Irmãos ou filhos de portadores desta doença tem um risco oito vezes maior de desenvolvê-la.

O primeiro grande problema reside no fato da dilatação da aorta ser acompanhada de um enfraquecimento de sua estrutura, o que juntamente e com à alta pressão interna, aumenta o risco de uma ruptura.

Nesse caso, o sangramento geralmente é muito grande. Oito em cada dez pacientes com uma ruptura da aorta não sobrevivem devido ao sangramento interno. Uma parte da aorta, seu inicio, está localizada no tórax, e sua porção mais distal no abdome. A grande maioria dos aneurismas da aorta ocorre na sua porção abdominal.

Diagnóstico

O segundo problema consiste no fato do aneurisma se instalar silenciosamente, não apresentando sintomas até geralmente estar muito grande. O diagnóstico costuma ser ao acaso, durante o exame abdominal realizado por um médico devido a outros motivos (consulta de rotina, check-up) ou em consequência de um exame de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância) solicitado para investigação de outras doenças. Alguns fatores podem dificultar a identificação de um aumento da aorta no exame físico, o mais frequente destes é o excesso de peso.

Uma vez feita a suspeita de um aneurisma, um exame de imagem específico se faz mandatório. O ultrassom abdominal (que pode incluir o Doppler) geralmente é suficiente para confirmar ou descartar a presença da dilatação na aorta, fornecendo os dados principais como diâmetro e extensão do aneurisma no abdome. Quando o aneurisma for grande ou extenso demais, geralmente exames com maior grau de definição como a angiotomografia ou a angiorressonância podem fornecer mais detalhes que terão grande relevância na decisão e planejamento de uma eventual correção dessa doença.

Qual o tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal?

O tratamento do aneurisma da aorta depende de alguns aspectos, mas o principal é o seu diâmetro no ponto de maior dilatação. De forma geral, no sexo masculino um diâmetro maior que 5,5 cm e no feminino maior que 5,0 cm indicam a necessidade da eliminação desse aneurisma. Aneurismas menores que 4 cm, de forma geral, podem ser apenas vigiados por meio de um ultrassom abdominal anual ou semestral, por terem um risco de ruptura mais baixo. Faz parte do acompanhamento clínico dos portadores de aneurismas
pequenos o controle dos fatores de risco como a hipertensão, o tabagismo e os níveis elevados de colesterol que podem de alguma forma interferir, acelerando o crescimento e aumentando o risco de ruptura do aneurisma. A correção de um aneurisma não é isenta de complicações – 1 a 6% dos pacientes podem apresentar problemas graves durante o procedimento de correção e até morte.

Os principais agravantes dessa situação são doença cardíaca prévia, mal funcionamento dos rins, doença pulmonar (que pode ser decorrente do cigarro) e a idade avançada. Entretanto como a mortalidade passa dos 80% no caso de uma ruptura, e acima dos diâmetros limite previamente citados há uma chance maior de 40% ao ano de ruptura, é fácil perceber uma clara vantagem na realização dessa correção fora de uma situação de urgência. Essa correção pode ser feita basicamente de duas formas.

O método conhecido a mais tempo é a chamada cirurgia convencional, onde utilizando uma incisão abdominal (um corte na parede abdominal), faz-se a troca do segmento doente por uma prótese artificial. Como vantagens deste método, podemos citar a durabilidade no médio e longo prazo e a menor necessidade de vigilância do procedimento. A segunda forma de intervenção, mais recente, ocorre por via endovascular onde através do cateterismo das artérias femorais, coloca-se uma endoprótese que isola internamente o segmento da aorta doente, sem retirá-lo.

Como vantagens, podemos observar uma recuperação mais rápida devido ao menor impacto inicial do procedimento que dispensa uma incisão cirúrgica. Ambas técnicas têm suas indicações e vantagens,
bem como suas contraindicações e limitações técnicas. A utilização de uma ou outra é uma escolha extremamente particularizada, dependendo de uma série de características do aneurisma e do próprio doente.

Fonte: SBACVSP

https://sbacvsp.com.br/

Atenção à
Dicas

Se você tem parentes de primeiro grau com diagnóstico aneurisma da aorta ou tem mais de 60 anos e apresenta os fatores de risco citados, converse com seu vascular. Ele é um especialista que tem o conhecimento sobre as melhores técnicas de investigação e de tratamento dessa doença e pode, em conjunto com o paciente, definir a melhor forma de controlar esse problema.

Os médicos associados à SBACV-SP têm acesso diferenciado a cursos de aperfeiçoamento profissional, informação técnica e educação continuada.

Conheça mais
Sobre o Doutor
Fabio Henrique Rossi

O Dr Fabio H Rossi possui Doutorado e Pós-Doutorado pelo Instituto Dante Pazzanese (IDPC) e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), e especialização internacional pelo Montefiore Medical Center (Prof Frank J Veith – Nova Iorque – EUA).

É professor e responsável pela disciplina do programa de Pós-Graduação de tecnologia em Cirurgia Cardiovascular e Endovascular extra-cardíaca do Instituito Dante Pazzanese de Cardiologia.

Atualmente é Ex-Presidente, membro do conselho superior da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular de São Paulo (SBACV-SP).

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